As estatísticas não mentem: em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Abr.19/Abr.18), a inadimplência em Belo Horizonte teve queda de 0,26%, enquanto que no País cresceu 2%, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
A economia no Brasil não obteve a recuperação esperada, o varejista ainda deve tomar suas precauções para não sofrer com esse problema ou, pelo menos, tentar minimizá-lo. Para isso, usar o Serviço de Proteção ao Crédito pode ser uma boa estratégia.
Quer saber o porquê? Explicamos a seguir:
O que é o SPC?
Esta certamente é uma das siglas mais populares no meio comercial. Porém, pouca gente sabe o que é de fato o SPC.
A sigla significa Serviço de Proteção ao Crédito, e como o próprio nome já diz, é uma empresa que atua na formulação e gestão de um banco de dados com informações de crédito de grande parte da população economicamente ativa no Brasil.
Esse enorme banco de dados é gerido e nutrido por associações comerciais e câmaras de dirigentes lojistas filiadas a outra instituição, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, e tem como função fornecer informações atualizadas sobre o histórico de consumo dos brasileiros, reduzindo os riscos de inadimplência e tornando o mercado mais estável.
O que diferencia o SPC dos demais bureaus de crédito?
Uma das principais diferenças entre o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e as demais empresas que também atuam neste ramo está no foco de operação.
Enquanto outros bureaus de crédito lidam, em sua maioria, com o monitoramento e registros relacionados a bancos e instituições financeiras — como clientes em débito ou que emitem cheques sem dispor de saldo na conta —, o SPC trabalha ativamente sobre à gestão de registros advindos do comércio. Esse é um dos motivos que tornam o serviço tão conhecido entre os varejistas e consumidores.
Por que o varejo deve usar o SPC?
Como vimos, o grande cerne do SPC é garantir uma maior segurança no comércio. Por meio dos registros contidos no banco de dados é possível traçar um perfil de crédito do consumidor, avaliando os riscos envolvidos ao fazer algum tipo de transação comercial com ele e evitando futuros problemas.
As vantagens experimentas pelo varejista ao estabelecer uma parceria com o SPC são muitas. Vejamos algumas delas que comprovam porque vale a pena usar o serviço:
Proteção da saúde financeira do negócio
O varejo lida com um número indistinto de pessoas e, comumente, acaba sofrendo com o grave problema da inadimplência. Tal fato prejudica sensivelmente a estrutura do negócio, pois, desorganiza o fluxo de caixa e cria rombos não previstos nas contas.
Ao se valer do SPC, o lojista acaba reforçando a gestão financeira da sua empresa. Analisando os riscos envolvidos em vendas a prazo, por exemplo, é possível imprimir um ritmo mais seguro nas suas vendas, permitindo planejar-se a longo prazo sem ter que se preocupar muito com ausências de capital.
Além disso, reduz os custos com demandas judiciais para realizar a cobrança de consumidores em débito com a empresa.
Redução dos riscos de fraudes com cheques
Apesar de ser uma prática com adesão reduzida, principalmente pela popularização dos cartões de crédito, a emissão de cheques ainda é uma modalidade de pagamento utilizada no comércio, sobretudo por clientes mal-intencionados.
As fraudes na emissão de cheques ainda é um problema recorrente no varejo, dada a dificuldade que muitos lojistas encontram em realizar consultas e outras medidas preventivas.
Contudo, esse é um cenário totalmente reversível a partir da utilização do SPC. O Serviço de Proteção ao Crédito também oferece a possibilidade de consulta a registros de emissão de cheques, permitindo que o varejista, rapidamente, tenha informações confiáveis sobre o consumidor que está emitindo a ordem de pagamento.
É importante mencionar que, ainda que o consumidor não tenha nenhum tipo de registro negativo em seu histórico, é possível checar o histórico da conta bancária atrelado ao cheque.
Assim é possível saber se é uma conta recém-aberta e se existem outras movimentações — usualmente, no comércio não se aceita compras no cheque relativas a contas abertas a menos de seis meses.
Confiabilidade das informações
Outro grande benefício do SPC e uma das características que o fez ser tão popular no comércio é a confiabilidade das informações prestadas.
O banco de dados tem informações precisas e atualizadas de uma infinidade de consumidores, dando total suporte ao lojista. Todos os registros são feitos com extrema segurança e precisão em relação à identidade exata do consumidor.
Para tornar os dados mais precisos e confiáveis, o SPC trabalha com base no monitoramento de CPF e CNPJ que, como se sabe, são dados exclusivos e pertencentes aos bancos de dados da Receita Federal do Brasil (RFB), o que garante ainda mais autenticidade a todas as informações.
Abrangência da atuação
O banco de dados do SPC é de caráter nacional, de modo que comporta informações advindas de instituições financeiras e estabelecimentos comerciais de todo o território brasileiro. Desse modo, por se tratar de um banco de dados comum, os lojistas de qualquer parte do país têm a possibilidade de consultar informações de forma totalmente abrangente.
Isso reforça ainda mais a segurança nas transações, pois, evita que consumidores de outros estados, por exemplo, não tenham seus dados analisados previamente a uma compra.
Menor tempo de venda e concessão de crédito
Outra grande vantagem ofertada ao varejista pelo SPC é a otimização do processo de venda e análise de crédito do cliente. A empresa pode rapidamente proceder a consulta do CPF do consumidor, economizando tempo com expedientes burocráticos de checagem manual.
Assim, de forma totalmente automatizada e ágil, o lojista tem o que precisa para negar ou conceder o crédito a um cliente, podendo dedicar seu tempo em ações que realmente possam trazer retorno para a empresa.
Por fim, o Serviço de Proteção ao Crédito é, sem dúvida, um grande aliado do varejo atualmente. Toda a tecnologia envolvida no serviço dá total comodidade ao empresário e, principalmente, segurança nas operações financeiras, evitando prejuízos com a inadimplência.
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