O ano de 2019 está só começando, mas muitos empreendedores já se questionam se será um bom ano para começar algo do zero, manter ou expandir suas empresas. Essa pergunta só pode ser respondida a partir de uma previsão para a economia em 2019.
Em suma, são muitas as mudanças — desde uma política com propostas mais liberais para a economia até índices do último ano (2018) que já mostram algum tipo de reação (o crescimento do PIB, por exemplo). Ao estudar o assunto, é possível fazer boas previsões.
Neste post vamos mostrar as principais variáveis, falar da economia em 2019 e de como as empresas podem se preparar. Leia os próximos tópicos com atenção e fique por dentro do assunto!
Quais são as perspectivas para 2019?
Apesar da progressiva dificuldade de olhar para o futuro e antecipar o que vai acontecer — em boa parte graças à quarta revolução industrial —, isso nunca foi tão importante. Ao fazer boas previsões é possível se antecipar, adaptar os recursos disponíveis e criar uma vantagem competitiva. Confira!
Crescimento do PIB
Um dos principais termômetros econômicos é o PIB (Produto Interno Bruto), que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no ano por um país, e indica o desempenho da economia.
Em 2013, o PIB fechou em uma alta de 3%, depois declinou significativamente:
- 0,5% em 2014;
- -3,5% em 2015
- -3,5% em 2016.
No ano de 2017 o PIB cresceu 1%, e em 2018 fechou em alta de 1,3%. Agora, qual é a previsão para o ano de 2019?
A partir do relatório Focus, que é feito semanalmente — portanto, algo mutável — pelo Banco Central (BC), a expectativa é de um crescimento de 2,4% para este ano. Esse crescimento é resultado do aumento da confiança dos empresários e consumidores na economia interna.
Redução da mortalidade empresarial
No Brasil, historicamente a mortalidade das empresas é elevada. Dados do IBGE afirmam que, de cada 10, 6 empresas fecham antes de completar 5 anos. Nos últimos anos, mais empresas fecharam do que abriram, deixando um balanço negativo.
Entre 2015 e 2017, para termos ideia, mais de 223 mil lojas fecharam. Em 2018, porém, o balanço foi positivo — cerca de mil lojas fecharam e 8 mil abriram. A perspectiva é ainda mais otimista para 2019: poderão ser abertas 23 mil lojas. Todos são dados da CNC.
Evolução de outros indicadores-chave
No início de 2019, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez uma série de projeções otimistas para o ano. A perspectiva é de que não só a economia cresça, mas que o consumo e a indústria se fortaleçam, com queda no percentual de desempregados.
A expansão da indústria em 3% abrirá espaço para a geração de novos empregos. A CNI estima que a taxa de desemprego, que já foi superior aos 13% entre 2017 e 2018, diminuirá para 11,4% em 2019.
Uma consequência da recuperação dos empregos e da recomposição das finanças familiares é o aumento do consumo, que deve crescer em 2,9% em 2019. Especificamente na cidade de Belo Horizonte, nossa estimativa é de crescimento do comércio em 3,5%.
Redução da burocracia e da carga tributária
O relatório “Doing Business 2019” coloca o Brasil na 109ª posição do ranking global do Banco Mundial, que avalia a facilidade de se fazer negócios em 190 países. A má posição é resultado da alta burocracia e tributação, que torna tudo mais complexo.
Em termos de liberdade econômica, os dados são ainda piores. O Brasil está na 153ª posição entre os 180 países avaliados. A alta regulamentação mitiga a inovação.
A expectativa, porém, é de desburocratização para os próximos anos, gerando maior liberdade econômica e criando um ecossistema empreendedor mais sólido. Isso ajudaria empresas a tornarem-se mais competitivas e operarem com melhores margens.
Qual é a análise dos dados levantados?
A maior recessão da história brasileira já chegou ao fim. Em 2018 a economia começou a se recuperar, apresentando resultados mais convincentes e possibilidade de aceleração econômica em 2019.
De acordo com o economista Ricardo Amorim, o momento de investir é agora, pois a economia deve melhorar e surpreender nos próximos anos.
Em suas redes sociais, disse que “As melhores oportunidades acontecem no final da fase de contração econômica e no início da fase recuperação”. Infelizmente, a maioria das pessoas — e isso inclui empresários — só se sente segura para investir no final da fase de prosperidade, que é o pior momento possível, pois está perto de outra recessão.
Todas as informações apresentadas apontam para uma mesma direção: a retomada da economia brasileira. Por causa disso, é possível afirmar que este é um bom momento para empreender ou planejar a expansão dos negócios.
Como preparar a sua empresa?
Se você vai começar um negócio do zero, este é um bom momento. No entanto, é preciso ter tudo bem planejado e capital de giro, afinal, nos primeiros meses é sempre mais complexo gerar caixa e se destacar da concorrência.
Para muitas empresas, uma boa estratégia é apostar nas vendas a prazo e com crédito próprio, pois o crédito de terceiros ainda está caro e pode inibir as compras. Além disso, é importante conferir outras condições de pagamento. Tudo isso, obviamente, com as devidas precauções em termos de liberação de crédito e cobrança.
Se você já tem um negócio e precisa “arrumar a casa”, comece por regular a inadimplência dos clientes antigos. Crie promoções para o pagamento e corte parte dos juros e multas — isso vai gerar caixa extra para investir em campanhas de marketing.
Aproveite também para pensar em estratégias de expansão — criar novas unidades de negócios, lançar novos produtos no mercado, inserir novos meios de relacionamento com o cliente (o e-commerce, por exemplo). Seja protagonista e invista na retomada!
Agora você tem uma noção muito mais clara das perspectivas para 2019. A economia não é uma ciência exata, por isso é impossível garantir qualquer coisa, mas os atuais indicadores são animadores e apontam um bom momento para empreender.
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